Padre AUGUSTO FORTE DE
MELO, primeiro sacerdote severianense, nascido em 5 de maio de 1969, filho de
João Batista de Melo Filho e de Raimunda Forte de Melo. Flávio era um menino
que passou a infância em casa e gostava muito de passar cerca não respeitando
os portões, isso para fazer os mandados dos pais, botava água no jumento com o
sobrinho Renato, sempre deixava as brincadeira de lado, nos tempos vagos e
aproveitava para estudar. Sua primeira professora foi dona Zilda Augusto de
Paiva (30/1/1915 – 25/4/1993). Também estudou com dona Bastinha, uma professora
que constatou que o mesmo tinha capacidade de passar da 2ª para a 4ª série, mas
sua mãe não aceitou. Nunca conversava na aula, mas no dia em que em que
conversou com sua genitora recebeu um comunicado, a mesma foi assistir aula na
sala para observar seu comportamento e o mesmo ficou muito tímido.
Era uma criança
diferente das outras porque não costumava sair de casa, e
sempre ficava estudando, enquanto sua mãe preocupava-se com seus irmãos: Maria
Forte de Melo (3/9/1957); Francisco Forte de Melo 12/10/1958), Francois Forte
de Melo (28/9/1964) e Francimar Forte de Melo (25/7/1962). Com 5 anos de idade o menino Flávio teve
paralisia infantil, constatada pela própria mãe, haja vista que em certo dia
ele saiu para pegar cajarana e chegou marcando da perna direita, foi consultado pelo farmacêutico
Francisco de Holanda Cavalcante – NENEM HOLANDA, que confirmou a paralisia, o
próprio Flávio preocupava-se em tomar os remédios.
Desde de pequeno falava
em ser padre, dizia que ‘não acreditava que um dia ia celebrar uma missa’,
dizia sempre aos seus pais que quer ser padre.
O primeiro ano do 2º
grau (atual ensino médio) foi para Natal para um colégio de Padre, fugia de
casa em Natal para ter informações sobre a vida de padre, terminou só o
primeiro ano e veio embora, pois queria ser sacerdote na diocese de Santa
Luzia, sediada na cidade de Mossoró, solicitou ao padre Manoel Balbino da Silva
(6/3/1920 – 6/3/1990) informações e logo se transferiu para Mossoró.
Seus pais sempre se
preocupavam em mandar coisas para o seminário Santa Terezinha. Terminado o 2º
grau foi para Recife-PE, onde passou dois anos, o seminário foi fectuado
causando preocupação na família que choravam pois tinham dúvidas quanto ao
futuro dele, logo foi para João Pessoa-PB onde passou muito tempo, ou seja
concluiu os estudos.
ADOLESCÊNCIA
Quando era adolescente
sempre gostava de ser organizado. Fazendo de tudo para manter tudo em ordem.
Quando procurou o seminário, ainda não era crismado, logo procurou fazer a
crisma, mesmo estando em Natal. Seus primos não acreditavam que ele ia ser
realmente padre.
Teve suas dificuldades
financeiras, mas nunca gostava de pedir aos pais e irmãos. Seus genitores
mandavam de acordo com as necessidades, durante as férias o dinheiro que
recebia dos pais pedia para Maria de Fátima guardar, depois que terminava as
férias, ia pedindo o dinheiro que havia economizado.
Uma de suas maiorias
alegrias foi quando comprou o tecido para fazer sua primeira túnica, costurada
por sua própria mãe, foi motivo de orgulho para ele.
Foi ordenado sacerdote,
no dia 23 de junho de 1994, na Capela de Nossa Senhora das Dores, padroeira de
sua terra natal, pelo então bispo Dom José Freire de Oliveira Neto, apodiense,
nascido em 9 de março de 1928. Celebrou sua primeira missa no dia seguinte na
mesma capela onde foi ordenado.
Padre Flávio foi um
adolescente sapeca, brincalhão, extrovertido, gostava de se entrosar com todos,
na escola sempre foi destaque por ter as melhores notas, já na quinta série
dizia aos colegas que iria ser padre, ao terminar a 8ª série na cidade de Severiano
Melo, no ano de 1982, foi estudar na Capital potiguar e lá recebeu o sacramento
da Crisma, o que
empolgou-lhe
ainda mais na missão, e em Natal os seus colegas já o chamavam de vigário.
No ano seguinte
ingressou no Seminário Santa Terezinha (inaugurado em 2/5/1937) em Mossoró.
Ainda naquele ano, ele fez coisas extraordinárias na comunidade de Severiano
Melo, ele sugere que crie um grupo de jovens para animar a comunidade e
auxiliar o Padre Manoel Balbino nas liturgias e demais trabalhos na capela.
Em setembro de 1985 foi
criado o grupo UNAC-Juventude Unida Numa Ação Cristã. Esse grupo marcou época
em Severiano Melo. Flávio com o grupo conseguiram reerguer a festa da Padroeira
que fazia dois anos que não havia neste 85/86 aconteceram duas festas da Padroeira,
uma em janeiro, no dia de São Sebastião e outra no dia 27 de novembro, dia de
Nossa Senhora das Dores. Flávio em 1986, no último ano de seminário menor em
Mossoró teve que submeter a uma cirurgia de apêndice e para melhor se recuperar
passou o ano em casa, dando continuidade aos estudos em 1987.
Sua ordenação mobilizou
não somente a cidade de Severiano Melo, como também toda a região. Houve uma
grande romaria, envolvendo as cidades vizinhas de Itaú, Rodolfo Fernandes e
Apodi, como uma maneira de todos participarem de um grande fato histórico
severianense. Foi uma festa religiosa inesquecível, pois pela primeira vez
Severiano Melo estava ordenando um padre filho da terra, isso se deu no dia 23
de junho de 1994. Estiveram presentes nesse evento religioso muito pessoas de
João Pessoa-PB, Recife-PE, Mossoró-RN, enfim, todos que conheciam Flávio
Augusto, não mediram esforços para homenageá-lo.
Padre Flávio, tornou-se
um sacerdote muito respeitado por toda a diocese. Conquistando a confiança do
então Bispo Dom José Freire (01/04/1984 – 17/10/2004), que o enviou para Roma
no propósito de aperfeiçoar seus conhecimentos religiosos, e do atual Dom
Mariano Manzana (Itália-13/10/1947). Ele é o atual reitor do Seminário Santa
Terezinha, em Mossoró, e diretor da Rádio Rural de Mossoró (2/4/1963) – ZIJ 609
– 990 kHz.
Padre Flávio é neto
paterno de João Batista de Melo (20/9/1892 – 29/1/1976) e bisneto de João Régis
de Melo (13/7/1860 – 9/8/1949) e tataraneto de José da Costa Melo, este pai dos
cinco irmãos: Severiano, Vicente, João, José e Francisco Régis fundadores desta terra no início do
século XIX, sendo que um deles deu nome ao município – SEVERIANO MELO.
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